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QUANDO FALO DE VIAGEM

  • Foto do escritor: juliaserrate
    juliaserrate
  • 10 de jan. de 2019
  • 4 min de leitura

Atualizado: 11 de jan. de 2019

Muito mais do que aproveitar as férias, viajar é trocar valores com um novo lugar, uma nova cultura e novas pessoas.


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Um pedacinho da minha sala

Quem me conhece um pouquinho sabe que viajar está entre as coisas que mais amo fazer. Por isso, acredito já ter acumulado um pouquinho de experiências que possam ajudar ou tirar a curiosidade de alguém. Mas antes que comece a compartilhar roteiros e dicas, acho importante explicar a minha relação com o ato de viajar.


Viajar, pra mim, é muito mais do que programação pras próximas férias, curtir o verão ou relaxar. Embora essas três coisas também estejam envolvidas, prefiro definir viagem como conhecer, entender, me relacionar, aprender, criar laços, trocar valores com um novo lugar, uma nova cultura e novas pessoas.


Já tive oportunidade de viajar de forma que apenas “aproveitasse” o lugar, e o meu sentimento é que eu “me aproveitei” do lugar. Em uma viagem que eu fiz a Punta Cana (posso contar com mais detalhes em outro texto outra hora), me hospedei em um resort (cujo dono, com certeza, não era dominicano) e só fiz passeios com agências pra locais onde só iam turistas. Não tenho nada contra quem curte viagens nesse estilo, mas eu, particularmente, me sinto mal de ter ido a um país e sair de lá sem saber nada sobre a história e cultura do lugar e sabendo que apenas uma parte minúscula do dinheiro que gastei lá de fato chegou ao bolso de algum dominicano. Enfim, estou dizendo isso pra que você, que está lendo, tenha uma pequena ideia do estilo de coisa que vai encontrar por aqui.


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Bolívia, 2012

Quando viajo, eu quero andar de ônibus, de metro, de bicicleta; ir no mercado, na padaria, na vendinha da esquina; conversar com os locais; experimentar o que eles gostam de comer e descobrir as receitas; saber pra qual time eles torcem e quem sabe, assistir a um jogo; me hospedar nas pousadas deles, ou melhor ainda, no apartamento deles, no meio de um bairro, com vizinhos; gosto de fazer passeios que explicam a história e a cultura, contados por um guia local que também vai contar com anda a política do país.


Uma coisa que curto especialmente é me sentir um pouco moradora das cidades que eu visito. E para isso acontecer, eu tenho algumas técnicas que listo abaixo:


1. Eu prefiro me hospedar em um apartamento/casa do que em um hotel/pousada (e para isso, o Airbnb tem sido um ótimo aliado). Principalmente em viagens em grupo, se hospedar em um apartamento/casa permite que as pessoas interajam mais, sentando no sofá da sala pra bater papo, rever as foto do dia ou só assistir TV, ou ao usar a cozinha pra preparar o jantar. Normalmente o que acontece em hotéis/pousadas é que no fim do dia, cada um vai pro seu quarto até dar a hora de sair de novo. Eu sempre prefiro interação entre as pessoas! Alugar apartamento/casa em viagens de grupo é viver mais experiências com as pessoas que estão viajando comigo.


2. Se hospedar em casa/apartamento permite que você vá ao mercado ou a padaria. Além de ser um fator de economia, eu tenho a impressão de que estou fazendo compras pro meu lar de poucos dias (boba, eu!). E mais uma vez, cozinhar e lavar louça sempre é mais uma oportunidade de interação!


3. Eu prefiro ficar um dia a mais do que a maioria dos roteiros recomenda, claro, quando o tempo e o dinheiro permitem. Como eu sempre prefiro conhecer lugares novos, eu sei que dificilmente vou voltar às cidades que já fui. Esse diazinho a mais é justamente o que me permite fugir um pouco dos roteiros super turísticos ou voltar com calma a um lugar que eu amei. Também permite fazer os passeios com mais calma, parar pra tomar um sorvete sentado na calçada, ter flexibilidade pra imprevistos como condições ruins de tempo ou mesmo dor de barriga.


4. Esse dia a mais também me permite fazer passeios a pé ou usando o transporte público, que normalmente não é a melhor opção pra quem tem pouco tempo. Além de ser super econômico, andar pelas ruas ou pesquisar e usar linhas de ônibus e metrô me permite viver um pouco do agito da cidade, dividir espaço com quem está indo pro trabalho ou voltando pra casa. É no ônibus e nas ruas que vejo como se comporta um local em um pedacinho da sua rotina.


5. Quando há tempo suficiente, gosto de prestar atenção nos costumes locais e me comportar como eles em gestos e expressões, aprender as suas gírias e repetir as palavras que eles mais falam.


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Bolívia, 2012

Não é grande coisa, e também não é nada impossível de se fazer uma vez que você está viajando, mas são algumas atitudes que me permitem sentir que realizei uma experiência de viagem mais rica e mais humana, em que, muito mais que aproveitar as belezas do local, eu tenha criado um laço de empatia com seus habitantes e aprendido com eles de alguma forma.


Escrito por Julia Serrate



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Pura e simplesmente um compartilhar de experiências, que vez ou outra, podem ser úteis! XD

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