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A NOSSA HISTÓRIA

  • Foto do escritor: juliaserrate
    juliaserrate
  • 11 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

O cenário era esse: ano de 2015, eu estava prestes a me casar e trabalhava como Assessora Técnica da Qualidade em um laboratório de Química. Helena já trabalhava na empresa de publicidade que está hoje, e nas horas vagas fazia desenhos em lápis de cor e aquarela pra vender.

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Desenhos em lápis de cor e aquarela feitos por Helena

Como gosto muito de decoração de interiores, antes de casar eu já sabia que queria uma parede de lousa na minha casa, uma modinha de decoração que me permitiria ter meus desenhos participando do meu novo lar. Quando voltei da lua de mel, lá estava minha parede preta com seu primeiro desenho, feito por Helena. E fui fazendo novos desenhos sempre que tinha disposição.

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Parede preta feita por Helena

No ano seguinte, Helena já estava fazendo orçamentos pro casamento dela. Em uma conversa com as decoradoras do Studio Decorato, ela comentou que gostava de desenhar. As decoradoras então disseram que tinham um painel preto e que estavam em busca de uma pessoa que fizesse desenhos em giz. Helena falou de mim, dizendo que eu tinha uma parede preta em casa onde desenhava com giz e passou meu contato. Em abril de 2016 eu estava fazendo o meu primeiro trabalho artístico comissionado da vida.

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Primeiro trabalho


As decoradoras gostaram e pediram mais vezes. Vendo hoje, não sei como gostaram XD, mas na época, eu também estava bem satisfeita com o resultado e me sentindo feliz com a oportunidade. Elas me indicaram pra outras decoradoras que também me chamaram. E eu comecei a postar as fotos no Facebook, e pessoas conhecidas começaram a me pedir trabalhos. Vale lembrar que no primeiro momento, eu só trabalhava com giz. Acho que levei uns 6 meses até comprar a primeira caneta Posca.


Em meados de maio de 2016, eu e meu esposo encontramos uma promoção de passagem pra Itália. O preço era muito tentador, mas tínhamos trocado de carro pouco tempo antes, e a viagem estava fora do nosso orçamento. Ainda assim, como a passagem só era pra maio de 2017, decidimos comprar parcelado e cortar uns gastos pra não ficarmos apertados. Comecei então a divulgar mais os desenhos, mostrando pra donos de restaurantes e lojas que eu ia, a fim de ganhar um extra e pagar parte da viagem.


E a coisa tomou uma proporção grande rápido. Desenhos em giz eram um prato cheio para a moda de decoração rústica e industrial, e Vitória ainda tinha poucas pessoas que trabalhavam especificamente com esse estilo de desenho. O resultado foi que já em setembro de 2016, eu tinha uma agenda lotada pro mês inteiro. Eu levava quase que uma mala de material de desenho pra empresa que trabalhava, fazia os quadros no horário de almoço, batia o ponto às 17:30 e ia direto fazer os trabalhos em paredes, às vezes até de madrugada, quando meu esposo ia me buscar, porque na época eu ainda não dirigia.

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Nesse estágio, eu me percebi mais artista do que química. Eu me entregava ao meu trabalho com desenhos de uma forma que nunca poderia imaginar. Vivia um sentimento de motivação e realização que eram totalmente novos pra mim. E era isso. Fazia todo sentido. Era o que era pra ser desde sempre. E comecei a vislumbrar a possibilidade de sair do amadorismo e tornar essa a minha profissão em tempo integral.


Comecei a pegar todo trabalho que podia. Ignorei por um tempo finais de semana, feriados, vida social, sono de 8 horas por dia. Eu sabia que essa transição exigia sacrifício. Eu não podia simplesmente largar o meu emprego no laboratório, pois já tinha muitas contas pra pagar e não dava pra me aventurar no mundo das artes sem nenhuma garantia. Eu precisava de um portifólio maior, mais clientes e pessoas que me indicassem.


Em maio de 2017, eu me inscrevi no vestibular pra artes plásticas, e esse foi o xeque-mate pra minha carreira como química. O curso era matutino, então uma vida de universitária não seria compatível com bater ponto às 8h e as 17h30. Dias antes de viajar (aquela viagem pra Itália), eu falei ao meu esposo que pediria demissão assim que voltasse das férias. E assim foi. Meu último dia na empresa foi em julho de 2017. Em março de 2018 começaria o curso de Artes Plásticas e seguiria me aperfeiçoando e me dedicando.


Em agosto de 2018, a Aline foi convidada pra se ajuntar ao time e tem sido meu braço direito desde então.


E a história segue. Poderia entrar em mais detalhes aqui sobre os vários clientes que se tornaram amigos e parceiros, sobre como várias pessoas apoiaram o meu trabalho e foram de grande importância nessa caminhada, mas isso deixaria o texto gigante.

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Finalizo dizendo que Arte Serrate é a realização de um sonho que já existia antes que eu me desse conta. E hoje, mais do que o meu ganha pão, é a minha forma de entregar pro mundo o que existe de melhor em mim.


Escrito por Julia Serrate

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Pura e simplesmente um compartilhar de experiências, que vez ou outra, podem ser úteis! XD

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